quarta-feira, 18 de julho de 2012

Críticas ao PNBL


Entidades da sociedade civil, dentre as quais a ProTeste, a ASL (Associação
Software Livre) e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor),
enviaram uma carta ao Senado Federal reivindicando a criação de uma política
de inclusão digital que efetivamente garanta os direitos dos usuários. O
documento foi aprovado durante o 2º Fórum da Internet no Brasil, organizado
pelo Comitê Gestor da Internet (CGI), em Olinda, Pernambuco, no início deste
mês.

Um dos pontos mais criticados na carta, relacionado a política do governo para inclusão digital, é
o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), por ter sido construído a partir de alianças com o setor
privado. Para Flávia Lefèvre Guimarães, advogada da ProTeste, a banda larga deveria ser explorada
sob o regime público. “Ao contrário do que o governo diz, que é massificar o acesso à internet
entre a população, reivindicamos a necessidade de universalizar o acesso, de forma democrática”,
aponta.

A advogada ainda ressalta que a concentração dos acessos em regiões com maior atividade econômica e
nas mãos de quem possui maior renda, prejudica boa parte da população pobre. No documento, a
entidade reforça o fato de que moradores da região Norte e das áreas rurais serem, muitas vezes,
"convidados a se conformar com a uma situação de acesso mais caro e de pior qualidade".

O documento destaca ainda que os problemas que persistem sobre as políticas públicas de banda larga
também ocorrem com o programa de cidades digitais. As contribuições da sociedade civil feitas à
consulta pública foram desconsideradas, e a gestão do programa poderá ser entregue às empresas de
telecomunicações para exploração comercial.

Apesar dos entraves, a carta considera positiva a aprovação do marco civil da internet, projeto de
lei que reúne um conjunto de questões fundamentais para a garantia da liberdade na rede, e aborda o
tema sob a lógica de garantia de direitos civis dos usuários. “O marco civil é um avanço muito
grande por atribuir um caráter público ao conteúdo da internet, com base no princípio da
atribuir um caráter público ao conteúdo da int
neutralidade das redes”, complementa Flávia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário